A Venezuela voltou a cobrar tarifas de importação sobre produtos brasileiros. As novas alíquotas variam entre 15% e 77%.
A medida viola os termos do Acordo de Complementação Econômica firmado entre os países em 2014. Foi adotada sem comunicação prévia, contrariando, inclusive, as tratativas do Mercosul, bloco econômico que os países fazem parte.
A decisão afeta principalmente as exportações de Roraima, principal porta de entrada do comércio terrestre com o país vizinho. Entre os principais produtos afetados estão farinha, margarina, cacau e cana de açúcar.
O governo de Roraima disse que entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) para tratar sobre as tarifas.
O governador do Estado, Antonio Denarium (Progressistas), afirmou, por meio de nota, que a taxação pode afetar a economia do Estado, que tem a maior parte das exportações destinadas a Venezuela.
De acordo com interlocutores, a medida causou surpresa no governo do Estado, que se preocupa com a balança comercial entre os países.
O ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio (MIDC) ainda não se manifestou oficialmente sobre a taxação.
Um grupo de 11 senadores dos Estados Unidos, todos do Partido Democrata, que fazem oposição ao governo de Donald Trump, enviou nesta sexta-feira (25) uma carta ao presidente norte-americano para pedir o fim do tarifaço comercial contra produtos brasileiros. O documento foi uma iniciativa de Jeanne Shaheen, do estado Nova Hempshire, e de Tim Kaine, da Virgínia. Ambos fazem parte da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA.
“Escrevemos para expressar preocupações significativas sobre o claro abuso de poder presente em sua recente ameaça de lançar uma guerra comercial com o Brasil. Os Estados Unidos e o Brasil têm questões comerciais legítimas que devem ser discutidas e negociadas. No entanto, a ameaça de tarifas do seu governo claramente não tem esse objetivo”, escreveram os senadores na missiva.
As tarifas anunciadas por Trump preveem uma cobrança de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país e está prevista para entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto.
Na avaliação desses senadores, essas ações vão aumentar os custos para famílias e empresas americanas. “Os EUA importam mais de US$ 40 bilhões por ano do Brasil, incluindo quase US$ 2 bilhões em café. O comércio EUA-Brasil sustenta quase 130 mil empregos nos Estados Unidos, que estão em risco devido à ameaça de tarifas elevadas. O Brasil também prometeu retaliar, e o senhor prometeu fazer o mesmo — o que significa que os exportadores americanos sofrerão e os impostos sobre importações para os americanos subirão além do nível de 50% ameaçado”, prossegue o texto.
A carta menciona também a influência crescente da China na América Latina para demover Trump de sanções. “Uma guerra comercial com o Brasil também aproximaria o país da República Popular da China (RPC), em um momento em que os EUA precisam combater de forma agressiva a influência chinesa na América Latina. Empresas estatais ou ligadas ao Estado chinês estão investindo fortemente no Brasil, incluindo múltiplos projetos portuários em andamento, e recentemente o grupo China State Railway assinou um Memorando de Entendimento para estudar um projeto de ferrovia transcontinental”, aponta a carta.
Intervenção Em outro ponto da carta, os senadores fazem duras críticas ao que consideram uma intervenção indevida do governo dos EUA ao forçar “o sistema judicial independente do Brasil” a interromper o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Interferir no sistema jurídico de uma nação soberana estabelece um precedente perigoso, provoca uma guerra comercial desnecessária e coloca cidadãos e empresas americanas em risco de retaliação. O senhor Bolsonaro é cidadão brasileiro e está sendo processado nos tribunais brasileiros por supostos atos sob jurisdição local. Ele é acusado de tentar minar os resultados de uma eleição democrática no Brasil e planejar um golpe de Estado. Usar todo o peso da economia americana para interferir nesses processos em nome de um amigo é um grave abuso de poder, enfraquece a influência dos EUA no Brasil e pode prejudicar nossos interesses mais amplos na região”, destaca a carta.
Ainda na carta, os senadores repudiam as sanções contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF), que tiveram vistos aos EUA cassados pelo governo Trump. “O anúncio do seu governo em 18 de julho de 2025, de sanções de visto contra autoridades do Judiciário brasileiro envolvidas no caso de Bolsonaro, demonstra — mais uma vez — a disposição de seu governo em priorizar sua agenda pessoal em detrimento dos interesses do povo americano”.
“Os objetivos centrais dos EUA na América Latina devem ser o fortalecimento de relações econômicas mutuamente benéficas, a promoção de eleições democráticas livres e justas e o enfrentamento da influência chinesa. Pedimos que reconsidere suas ações e priorize os interesses econômicos dos americanos, que desejam previsibilidade — e não outra guerra comercial”, conclui o texto.
Além de Kaine e Shaheen, a carta foi assinada pelos senadores Adam Schiff (California), Dick Durbin (Illinois), Kirsten Gillibrand (Nova York), Peter Welch (Vermont), Catherine Cortez Masto (Nevada), Mark R. Warner (Virgínia), Jacky Rosen (Nevada), Michael Bennet (Colorado) e Reverendo Raphael Warnock (Geórgia).
Adolescente desapareceu ao sair de casa para encontrar namorada na Grande Natal — Foto: Cedida
A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (25) o sogro do adolescente de 16 anos de idade que desapareceu no último dia 15 de julho, quando saiu para visitar a namorada, de 13 anos, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. O tio da menina também foi detido suspeito de participação no desaparecimento do adolescente.
A motivação do crime seria a desaprovação do relacionamento dos dois adolescentes, segundo a polícia.
Ricadison Wiliam Faria, de 16 anos, foi visto pela última vez no dia 15 de julho quando combinou com a namorada de encontrá-la na casa dela. Por volta das 22h40 do mesmo dia, a mãe tentou contato com o filho, mas sem sucesso. Desde então, o jovem não foi mais visto e não fez nenhum tipo de contato.
As investigações da Polícia Civil apontaram que Ricadison foi atraído até o local onde os investigados residem, após receber mensagens enviadas por meio do perfil da adolescente com quem namorava.
Segundo a polícia, ele foi até a casa dela – onde também moram o pai e o tio – em uma corrida por aplicativo solicitada por um dos suspeitos.
“A vítima foi abordada de forma violenta assim que chegou ao imóvel e, desde então, não foi mais vista”, informou a polícia.
A Polícia Civil não confirmou, oficialmente, a morte do jovem, mas informou que “embora o corpo do adolescente ainda não tenha sido localizado, as buscas continuam de forma ininterrupta”.
‘Ação planejada’, diz polícia
Segundo a Polícia Civil, a investigação conseguiu reunir um conjunto probatório robusto, com imagens de câmeras de segurança, dados extraídos de aplicativos, depoimentos e confissão parcial de um dos investigados, que relatou ter presenciado a abordagem e indicou o uso de um veículo — já apreendido — para transportar a vítima.
“Os levantamentos indicam que a ação foi planejada e que houve tentativa de obstrução das investigações, inclusive com destruição de provas e apresentação de álibis contraditórios”, informou a polícia.
Contra os suspeitos, foram emitidos dois mandados de prisão temporária. A investigação foi da 9ª Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (9ª DHPP/Natal).
A Polícia Civil informou que segue com diligências em campo, análise de novos elementos e oitiva de envolvidos, com o objetivo de localizar Ricadison e esclarecer integralmente o caso.
Desaparecido desde 15 de julho
Segundo familiares, Ricadison não possui celular próprio. Ele utilizava o telefone da mãe, a dona de casa Kathiane Farias, para se comunicar com a namorada.
Um print da última conversa entre os dois mostra que o encontro na casa da jovem foi combinado entre 18h e 21h.
Em um dos trechos, a adolescente afirma que o pai não estaria em casa. Na sequência, no entanto, ela envia outra mensagem dizendo: “Pai vai ver o endereço, ele que pede pra mim”.
Mais tarde, às 22h41, a mãe de Ricadison tenta entrar em contato com o filho por mensagem e ligação, sem sucesso. Desde então, o jovem não foi mais visto e não fez nenhum tipo de contato.
“Até então eu não tenho nenhuma notícia, eu não tenho nenhuma pista de onde possa ser que meu filho esteja. Meu filho ele não era envolvido com nada e não tava devendo nada a ninguém, então assim, a gente não tem nenhuma suspeita”, relatou a mulher.
Uma verdadeira tragédia abalou a zona rural do município de Caraúbas, no Oeste do Rio Grande do Norte, na manhã desta quarta-feira (23). Duas perdas em sequência deixaram a comunidade de Cachoeira mergulhada em tristeza e comoção.
De acordo com as informações repassadas por moradores, uma senhora, Maria Rita da Conceição de 85 anos, faleceu em casa por causas naturais. A notícia do falecimento causou forte impacto nos familiares, principalmente em uma de suas filhas.
Ao ser informada da morte da mãe, a filha, Maria Dapaz do Nascimento Freitas de 61 anos passou mal e precisou ser socorrida às pressas. Infelizmente, mesmo com o atendimento médico, ela não resistiu e faleceu no Hospital Regional de Caraúbas, deixando a todos consternados com a sequência dos acontecimentos.
Nas redes sociais, amigos e moradores expressaram pesar e solidariedade à família, que enfrenta um momento de profunda dor. As circunstâncias trágicas e o curto intervalo entre as duas mortes geraram grande comoção entre os que conheciam mãe e filha, conhecidas por sua simplicidade e ligação com a comunidade.
O clima em Cachoeira é de luto e tristeza. Não há ainda informações oficiais sobre velório e sepultamento.
Um homem de 40 anos foi preso nesta quinta-feira (24), suspeito de ter cometido um homicídio em Parnamirim, na Grande Natal, em julho de 2004. A prisão foi realizada por policiais civis da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim, com apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
O crime aconteceu durante uma festa no bairro Monte Castelo, no dia 16 de julho de 2004. Segundo as investigações, o suspeito se aproximou da vítima, Ivan Francisco Tavares, e efetuou vários disparos de arma de fogo. A vítima morreu ainda no local.
Crime teria sido motivado por vingança
De acordo com a apuração policial, o homicídio teria sido motivado por vingança. A vítima teria atentado contra um familiar do autor do crime, o que teria levado o suspeito a planejar a execução.
Desde o ocorrido, o homem estava foragido. Após diligências recentes, os policiais localizaram o suspeito na cidade de Jundiaí (SP), no interior paulista, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.
Suspeito será transferido para o RN
Após ser detido, o homem foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e deverá ser transferido para o Rio Grande do Norte, onde ficará à disposição da Justiça potiguar.
A Polícia Civil reforça o canal do Disque Denúncia 181, garantindo o sigilo das informações, e solicita à população que continue colaborando com informações anônimas que auxiliem na elucidação de outros crimes.
A morte do Policial Penal Francisco das Chagas de Lucena, conhecido como Chagas Brega, 60 anos, ocorrida na última quinta-feira, 10 de julho, no bairro Nova Caicó, zona norte de Caicó, pode ter uma reviravolta.
Um dos Irmãos do policial quer pedir a exumação do corpo para perícia particular caso o documento do instituto Técnico e Científico de Polícia não leve em consideração algumas denúncias de espancamento contra a vítima.
Preliminarmente, a notícia que chega para a família de Chagas Brega é que sua morte foi por causas naturais, contudo, por outra via, há informações não oficiais que apontam lesão em braço, costela e afundamento de crânio.
“Não estou dizendo que o Estado está errado, longe disso, mas quero me cercar de uma perícia técnica particular que eu confio. Já acionei meus advogados, embora estamos aguardando o resultado do Itep/RN”, disse J. Lucena.
Lucena ainda disse o seguinte: “Eu ainda estava em Natal quando recebi telefonema de pessoas que trabalhavam com meu irmão desconfiando da sua morte, e narraram a suspeita de espancamento. Quando cheguei na casa dele, verifiquei no corpo que havia sim uma abaixamento no crânio, algo parecendo uma forte pancada, e tudo isso precisa ser esclarecido. É o mínimo que posso fazer para meu irmão que era muito querido dentro de fora do seu ambiente de trabalho”.
Documentos de vítimas foram encontrados na casa da suspeita | Foto: Reprodução/PCRN
Uma mulher de 31 anos foi alvo de um mandado de prisão nesta quinta-feira (24), em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Ela é investigada por integrar um grupo criminoso suspeito de aplicar golpes contra idosos, mediante o uso de substâncias sedativas, com o objetivo de facilitar a subtração de bens. A prisão foi efetuada por policiais civis da 20ª Delegacia de Polícia de Macaíba.
No local, foram encontrados documentos em nome de terceiros – inclusive de vítimas já identificadas – e jalecos utilizados para simular vínculo com a área da saúde. O material foi apreendido. Segundo as investigações, o grupo utilizava artifícios para se aproximar de idosos, principalmente os que residiam sozinhos ou em locais isolados.
Em um dos casos, os suspeitos se apresentaram sob o pretexto de prestar auxílio a uma idosa e, após ganharem acesso à residência, administraram uma substância desconhecida, provocando a perda de consciência da vítima. Durante o estado de vulnerabilidade, foram levados diversos objetos, como eletrodomésticos, eletrônicos e cartões bancários.
Em outro episódio, o casal investigado se apresentou como integrante de um programa social de saúde e ofereceu cápsulas supostamente preventivas contra gripe a uma família da zona rural de Macaíba. Após a ingestão do conteúdo, os idosos também perderam a consciência e tiveram a casa revirada.
Até o momento, a Polícia Civil identificou ao menos quatro vítimas: três em Macaíba e uma na cidade de Natal. A mulher presa teria atuado de forma premeditada, utilizando identidade falsa e se passando por profissional da saúde. A substância sedativa era empregada com o intuito de anular a resistência das vítimas, configurando o crime de roubo, previsto no artigo 157 do Código Penal. Relatos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança contribuíram para a identificação da suspeita.
Após os procedimentos de praxe, ela foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos e possíveis vítimas.
A Polícia Civil solicita que informações que possam auxiliar nas investigações sejam repassadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
Prefeitura de Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi
A Justiça do Rio Grande do Norte condenou a prefeitura de Parelhas a pagar uma indenização de R$ 400 mil por danos morais e estéticos a uma das pacientes que perderam o globo ocular após passarem por um mutirão de cirurgias de catarata em setembro de 2024.
A decisão foi a primeira do tipo proferida pela Vara Única da Comarca de Parelhas. Pelo menos 10 pacientes perderam o olho após o procedimento realizado na cidade da região Seridó potiguar. Eles tiveram diagnóstico de “endoftalmite”, uma inflamação grave no interior do olho.
O juiz Wilson Neves de Medeiros Júnior, titular da Comarca de Parelhas, fixou o valor da indenização da seguinte forma:
R$ 200 mil por danos morais
R$ 200 mil por danos estéticos
O magistrado considerou que o montante seria justo e razoável, levando em considerando a extensão do dano psicológico comprovado pela paciente, além da ocorrência de danos estéticos, “uma vez que a perda do globo ocular é visível, causando, inclusive, problemas na autoestima da requerente, que relatou não sentir vontade de sair de casa”, disse.
O mutirão foi realizado pela prefeitura de Parelhas – em parceria com uma empresa de saúde ocular – nos dias 27 e 28 de setembro de 2024, perto das eleições municipais. Ao todo, pelo menos 15 dos 20 pacientes que fizeram a cirurgia no primeiro dia sofreram infecção bacteriana – e 10 deles perderam o olho afetado.
O g1 procurou a procuradoria da Prefeitura de Parelhas para solicitar um posicionamento sobre a decisão, mas não recebeu retorno sobre o assunto até a última atualização desta reportagem.
A advogada da paciente, Fabiana Souza, disse que “a decisão representa inicialmente um sentimento de Justiça, amparo e um pouco de alívio à vítima que perdeu a visão e o globo ocular”.
“Conseguimos demonstrar o nexo de causalidade entre o dano e a conduta do ente municipal, por isso a indenização tanto pelos danos morais e estéticos causados, que visam compensar a vítima pela dor, sofrimento e alterações estéticas decorrentes da perda da visão e do globo ocular, além de ter caráter educativo para o causador do dano”, falou.
Acordo não foi homologado
O município chegou a assinar um acordo com cinco pacientes que aceitaram a proposta de pagamento de uma indenização de R$ 50 mil, porém o acordo não prosperou e não foi homologado pela Justiça.
Com isso, além dos pacientes que já tinham judicializado a questão, esses também deverão abrir ações contra o município.
Ação
Na ação, a autora informou que procurou atendimento particular de dois médicos distintos, em diferentes municípios, e que ambos deram o mesmo diagnóstico, encaminhando a mulher para atendimento de urgência, devido à gravidade do quadro.
Quatro dias após sua cirurgia de catarata no mutirão, seu globo ocular estourou e ela teve que passar por cirurgia de evisceração (retirada do globo ocular).
O juiz Wilson Neves fundamentou a decisão com base no artigo 37, §6º da Constituição Federal e no artigo 43 do Código Civil, que diz que o ente público é objetivamente responsável pelos danos causados por seus agentes ou por prestadores de serviço contratados.
Também destacou que a autora buscou atendimento médico particular e relatou não ter recebido atendimento adequado na rede pública, nem exames complementares após relatar os sintomas.
Segundo o juiz, ao menos outras 17 pessoas também foram diagnosticadas com o mesmo problema após o mutirão, o que reforça a gravidade do caso e a falha sistemática do serviço prestado.
“Diante dos elementos reunidos, vislumbro que o dano sofrido pela vítima possui nexo de causalidade com a conduta negligente do réu, que não fiscalizou adequadamente o fornecimento do serviço médico prestado no âmbito de suas atribuições, não havendo qualquer elemento que rompa o nexo de causalidade”, argumentou o magistrado.
A Central de Escrituras e Procurações (CEP) está oficialmente disponível para consulta pública em todo o Brasil. A partir de agora, cidadãos, advogados, empresas e credores poderão localizar a existência de bens em nome de devedores por meio de uma base de dados que reúne mais de 95 milhões de atos notariais, sendo 41 milhões de escrituras públicas e 54 milhões de procurações.
Segundo o Colégio Notarial do Brasil (CNB), a abertura da plataforma representa um importante instrumento de combate à ocultação patrimonial e um avanço para a recuperação de ativos, sobretudo em processos de cobrança e execução. A medida foi determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e visa facilitar o acesso à informação por credores que enfrentam dificuldades para localizar bens passíveis de penhora, inclusive em ações de alimentos. A expectativa é que a ferramenta contribua para a celeridade processual e a efetividade no cumprimento das decisões judiciais.
“A abertura da CEP representa um marco na democratização do acesso à informação notarial. A medida reforça o papel do notariado brasileiro como agente de cidadania, proteção jurídica e apoio à efetividade da Justiça“, afirma Giselle Oliveira de Barros, presidente do CNB.
COMO FUNCIONA?
A pesquisa pode ser feita pelo site https://buscacep.org.br/ e requer a utilização de certificado digital ICP-Brasil ou certificado notarizado, emitido gratuitamente pelos Cartórios de Notas. A autenticação é obrigatória e o acesso é auditável, seguindo os princípios da segurança da informação.
O serviço estará disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano. Para realizar a consulta, basta informar o nome completo e o CPF ou CNPJ da pessoa ou empresa que se deseja pesquisar. O sistema retornará dados como o nome do cartório onde o ato foi lavrado, o número do livro e das folhas, além da espécie do ato (escritura pública ou procuração). Será possível, ainda, solicitar certidão eletrônica do documento para acesso ao conteúdo integral.
O corpo da cantora Preta Gil será velado na sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
De acordo com comunicado da família nas redes sociais, a cerimônia será aberta ao público das 9h às 13h.
Vítima de câncer, Preta morreu no domingo (20) aos 50 anos, em Nova York, nos Estados Unidos, após uma piora no seu quadro de saúde. Ela estava no país para fazer um tratamento experimental para combater a doença, que foi diagnosticada em 2023.
Circuito
Decreto assinado pelo prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, publicado hoje (22), cria o “Circuito de Blocos de Carnaval de Rua Preta Gil” no centro da cidade.
De acordo com as considerações do decreto, Preta Gil foi “decisiva” na retomada do carnaval de rua no centro e contribuiu para que o local se tornasse um “espaço urbano de cidadania cultural.” “O Bloco da Preta, fundado em 2009, é uma das mais relevantes expressões do carnaval carioca reunindo milhões de pessoas nas ruas do centro do Rio de Janeiro”, diz o texto.
O trajeto do Circuito Preta Gil terá concentração na Rua 1º de Março, no trecho entre a Rua do Rosário e a Rua do Ouvidor, e desse ponto seguirá até a Avenida Presidente Antônio Carlos, na altura da Rua Araújo Porto Alegre.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) seguem em mobilização durante a manhã desta quarta-feira (23), no Rio Grande do Norte, na busca do avanço das principais pautas da categoria, entre elas a reforma agrária. O grupo ocupa a sede da Governadoria do Estado, na zona Sul de Natal. O movimento cobra uma reunião com a governadora Fátima Bezerra (PT).
O grupo saiu em caminhada da sede do do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Estado, que foi ocupado por cerca de 800 pessoas na última terça-feira (22). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação, de caráter pacífico, saiu em deslocamento pela Avenida Senador Salgado Filho em direção à BR-101, com um grupo de cerca de 500 participantes.
O protesto faz parte da Semana Camponesa, uma jornada nacional que teve início na segunda-feira (21) e já ocupa 20 sedes do Incra em todo o País. Nesta semana, entidades como a Federação da Agricultura criticaram a tolerância do Estado com as invasões do MST.
No RN, a mobilização teve início com uma marcha que partiu de Ceará-Mirim, passou por São Gonçalo do Amarante e chegou a Natal. O ato cobra a retomada das políticas públicas de reforma agrária, que segundo o movimento estariam paralisadas tanto no plano federal quanto estadual. A manifestação ocorre no marco do dia do trabalhador e da trabalhadora rural, celebrado no próximo dia 25 de julho.
Keulen Viana de Lima, de 22 anos, foi morta com tiro em Ceará-Mirim — Foto: Reprodução
Um policial penal é o principal suspeito do assassinato de uma jovem de 22 anos na madrugada desta quarta-feira (23) em Ceará-Mirim, na Grande Natal, segundo a Polícia Civil. Ele se apresentou à delegacia, entregou a arma, mas não ficou preso.
A Secretaria de Administração Penitenciária informou que o servidor estava a caminho do trabalho, na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, quando o crime aconteceu. Eis a íntegra do pedido.
Segundo a Polícia Militar, o caso foi registrado por volta de 1h10 na rodovia RN-064, na altura do distrito Gravatá, zona rural do município. As circunstâncias da ocorrência, no entanto, não foram informadas pela corporação.
Familiares da vítima, que identificaram a jovem como Keulen Viana de Lima, de 22 anos, disseram que ela e os outros ocupantes do carro onde ela estava teriam sido confundidos com assaltantes, pelo policial penal. A versão não foi confirmada pela polícia até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a Polícia Civil, o servidor público permaneceu no local, prestou socorro à vítima e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar.
Em seguida, ele se apresentou à delegacia para entregar a arma e prestar depoimento. Após ser ouvido, o homem foi liberado. A versão do suspeito também não foi informada.
Segundo a Polícia Civil, um inquérito foi aberto pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP/Ceará-Mirim).
“O caso está sendo investigado pela unidade da DHPP responsável pela área, com o objetivo de esclarecer os fatos e adotar as providências legais cabíveis. Testemunhas serão ouvidas nas próximas horas e diligências seguem em andamento”, informou a corporação. O corpo da vítima foi recolhido pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para passar por exames necroscópicos.
Carol produz até 750 morangos por dia — Foto: Cedida
O morango do amor, nova febre das redes sociais, chegou com força ao Rio Grande do Norte e movimenta confeitarias em Natal e Mossoró. A receita, inspirada na tradicional maçã do amor, combina morango fresco, brigadeiro e uma calda vermelha de açúcar que endurece e forma uma casquinha crocante.
Em Natal, a confeiteira Carol Melo começou a produzir o doce há cerca de 20 dias e já registra filas e esgotamento de estoques em poucos minutos.
“Eu comecei a produzir o morango do amor há 20 dias. Eu vi uma receita na internet bombada e eu fui para o YouTube. Então eu aprendi, já aperfeiçoei, melhorei algumas técnicas, mudei algumas quantidades dos ingredientes para chegar àquela calda que eu achei perfeita para mim. Então desde aquele dia vem bombando e está sendo um sucesso”, disse Carol.
Carol Melo fatura até R$ 13 mil por dia com morango do amor — Foto: Cedida
O doce é vendido a R$ 17,50 e chega a esgotar em cerca de 30 minutos. A produção diária varia entre 400 e 750 unidades, o que garante a Carol um faturamento de R$ 7 mil a R$ 13 mil apenas com o morango do amor, nas suas quatro lojas.
“A procura do doce está tanta que todos os nossos canais de vendas estão super congestionados. A Caroli potencializou sua marca ainda mais, trouxe muitos mais novos clientes e está fazendo com que a marca fique ainda maior”, afirmou Carol.
Câmeras da confeitaria de Carol mostraram a movimentação da loja — Foto: Cedida
O movimento intenso já é visível nas lojas. “As redes sociais foram fundamentais para toda essa divulgação, para toda essa viralização. Sem as redes sociais, com certeza, não existia esse impulso maior de explosão mesmo de vendas que está acontecendo hoje na minha loja e nas demais confeitarias da cidade e do Brasil”, completou.
Alta demanda em Mossoró
O fenômeno também chegou a Mossoró, onde a confeiteira Ana Eliza afirma que nunca viu tanta procura por um único produto. A doceria vende cerca de 300 unidades por dia, a R$ 12 cada, o que representa um faturamento diário de aproximadamente R$ 3,6 mil apenas com o morango do amor.
“Eu nunca vivenciei isso em 11 anos de confeitaria. Já tive alta demanda em Páscoa e Natal, mas nunca vi um produto específico ter tanta saída do nada, só por causa das redes sociais”, contou Ana.
Ana Eliza tem testado outras variações do Doce — Foto: Iara Nóbrega/Inter TV Costa Branca
Ela explica que a produção exige atenção especial. “A gente que transforma esse morango no morango do amor sabe que ele requer uma grande atenção desde a temperatura da calda até a temperatura correta do brigadeiro, a higienização correta do morango. Então são várias etapas até chegar no resultado final.”
Ana já testa variações com uva, kiwi, maracujá e até pistache. “O cliente vem atrás do morango do amor e acaba levando outras coisas. Nosso faturamento praticamente triplicou. É uma oportunidade que toda confeiteira deveria explorar”, disse.
Morango do amor gera até R$3,6 mil na loja de Ana Eliza — Foto: Iara Nóbrega/Inter TV Costa Branca
Outra confeiteira de Mossoró, Karol Ferreira, viralizou ao mostrar nas redes sociais uma tentativa que não saiu como esperado.
“Resolvi mudar a técnica e colocar no papel filme, achando que ia ficar perfeito. Grudou tudo, foi aquela bagunça. Mostrei os bastidores e falei: gente, isso aqui é um morango do amor ou do ódio?”, brincou Karol.
O vídeo rendeu centenas de comentários e aumentou a procura pelo doce na loja. “As pessoas gostaram da sinceridade de mostrar o erro. Não é simples de fazer, mesmo com anos de confeitaria. Esse doce exige muita técnica e cuidado. Depois que viralizou, as pessoas passaram a acompanhar os resultados melhores que postei em seguida”, disse.
A Justiça do RJ expediu na manhã desta terça-feira (22) um mandado de prisão contra Oruam. O rapper foi indiciado por 6 crimes após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por roubo.
O secretário Felipe Curi, chefe da instituição, afirma que Oruam e amigos atacaram agentes e frustraram o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra esse adolescente infrator.
“Oruam é um marginal, bandido, delinquente, criminoso e associado para o tráfico — um bandido da pior espécie”, declarou Curi em entrevista ao Bom Dia Rio desta terça (22). Segundo Curi, Oruam foi indiciado por tráfico, associação ao tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato por conta do episódio, na casa onde o artista mora, no Joá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou. A defesa de Oruam disse que não teve acesso ao inquérito policial até o momento, e que, por isso, não vai se manifestar.
A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Natal, foi invadida e ocupada na manhã desta terça-feira (22) por cerca de 800 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A mobilização faz parte de uma jornada nacional do movimento, que já resultou na ocupação de ao menos 20 unidades do Incra em todo o país. O grupo reivindica a retomada das políticas públicas de reforma agrária, que, segundo o MST, estão paralisadas tanto no Rio Grande do Norte quanto em nível nacional.
Os manifestantes montaram acampamento dentro da sede do instituto, com colchões e redes espalhados pelo estacionamento e salas do prédio. O protesto é pacífico e, até o momento, não houve registro de confrontos ou atos de violência. Servidores do órgão permanecem no local. Segundo representantes do MST, a permanência na sede do Incra continuará até que sejam ouvidos pela direção da autarquia.
A principal pauta da manifestação é a reativação de programas de assentamento de famílias sem terra, bem como o avanço na regularização de áreas já ocupadas e a melhoria das condições de infraestrutura nos assentamentos existentes. Após negociação com a superintendência do Incra/RN, ficou acordado que uma audiência entre representantes do MST e o órgão acontecerá às 14h desta segunda-feira.
Ainda pela manhã desta terça-feira (22), o grupo de manifestantes realizou uma caminhada que teve início na BR-101, em Natal, passou pela Ponte de Igapó, antes de chegar até a sede do Incra, na zona Sul da capital potiguar.
Essa é a segunda mobilização realizada pelo MST no Rio Grande do Norte nesta semana. Na segunda-feira (21), manifestantes promoveram uma caminhada ao longo da BR-406. O destino final foi um ginásio poliesportivo na RN-160, em São Gonçalo do Amarante, região Metropolitana de Natal.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve apresentar até as 21h13 desta terça-feira (22) explicações ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os supostos descumprimentos de medidas cautelares impostas a Bolsonaro.
Moraes determinou nessa segunda-feira (21) que os advogados do ex-presidente apresentassem explicações sobre descumprimentos das cautelares no prazo de 24h. A intimação foi feita por um oficial de Justiça ao advogado Celso Vilardi, que faz a defesa de Bolsonaro, às 21h13 e foi respondida por Vilardi.
Ainda ontem, Bolsonaro foi à Câmara dos Deputados, fez declarações a jornalistas e exibiu a tornozeleira eletrônica. As imagens e as falas foram amplamente vinculadas nas redes sociais. Mais cedo, no mesmo dia, Moraes já havia publicado um despacho em que esclarecia que o ex-presidente não poderia ter falas reproduzidas nas redes sociais, direta ou indiretamente.
Proibição do uso de redes e outras cautelares
Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal na última sexta-feira (18), em operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Desde então, o ex-presidente está sob uso de tornozeleira eletrônica e deve cumprir com recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, de segunda a sexta-feira, e em tempo integral aos finais de semana e feriados.
Entre outras medidas, ele também não pode usar as redes sociais nem manter contato com o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos alegando buscar sanções americanas contra Moraes e o STF.
A Primeira Turma do STF encerrou ontem o julgamento e referendou a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Apenas o ministro Luiz Fux votou divergente do relator.
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Um dos líderes da organização criminosa responsável pelo envio de cocaína à Alemanha e outros países europeus entre os anos de 2022 e 2023 foi preso na manhã desta terça-feira (22), na capital paulista, durante a Operação Last Call realizada pela Polícia Federal.
A corporação cumpriu mandados relativos à 4ª Fase da Operação Colateral. No esquema criminoso, os suspeitos envolvidos realizavam a troca de etiqueta de bagagens, retirando-as das malas de passageiros comuns, e colocando-as em malas com grandes quantidades de cocaína.
Em uma dessas ações, em março de 2023, duas passageiras de Goiânia acabaram presas por engano pelas autoridades alemãs, passando 38 dias na prisão.
À época, a Polícia Federal desarticulou toda a organização, desde os seus membros de menor hierarquia e quase a totalidade dos líderes do grupo, com exceção de um, até então não identificado. Os últimos seis meses foram dedicados a localizar o paradeiro deste último integrante, alvo do mandado de prisão de hoje.
O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, disse que vai incluir as falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em relação a servidores da instituição no inquérito que corre contra o parlamentar sobre suposta obstrução de Justiça, coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“Recebi com indignação mais essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais”, declarou à CNN.
O delegado que comanda a instituição diz que adotará “as providências legais” ao caso e que “nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”.
“Vamos instruir o inquérito em andamento, com mais esse ataque às instituições (agora diretamente a PF), fato que se soma aos demais sob investigação”, detalhou em conversa neste domingo (20).
Durante transmissão em seu canal nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro atacou, além do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), delegados da PF e chamou um deles de “cachorrinho”.
Eduardo disse a respeito de um membro da PF: “Se eu ficar sabendo quem você é, vou me mexer. Vai lá, coleguinha da Polícia Federal. Cachorrinho da Polícia Federal que está me assistindo. Deixa eu saber não, irmão. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui. Se eu ficar sabendo quem você é, vou me mexer”.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) lançou nesta 2ª feira (21.jul.2025) uma campanha nacional com o questionamento “Lula, cadê a reforma agrária?”. A iniciativa busca cobrar ações concretas para implementação da reforma agrária no Brasil.
A campanha marca uma mudança estratégica do movimento, que agora pretende dialogar diretamente com o presidente, sem intermediários. O MST, que apoiou a eleição de Lula em 2022, tem manifestado insatisfação com a condução da política agrária desde o início da atual gestão federal.
Na carta divulgada pelo movimento, o MST estabelece conexões entre a defesa da soberania nacional e a questão da soberania alimentar brasileira. “A ameaça à nossa soberania popular e nacional também tem vindo de dentro do próprio país, com a subordinação da nossa agricultura às empresas transnacionais e com as ações do Poder Legislativo, representante dos interesses do agronegócio e da mineração”, afirma o documento.
O movimento defende que “a reforma agrária é um instrumento de defesa das terras do país, em contraposição ao agronegócio entreguista, golpista, saqueador e antipatriótico” e sustenta que “soberania nacional só é possível com soberania alimentar”.
Dados divulgados pelo MST indicam a existência de mais de 122 mil famílias acampadas no Brasil. O movimento também aponta que aproximadamente 400 mil famílias já assentadas aguardam políticas públicas para melhorar a produção de alimentos e desenvolver seus lotes.
A organização critica a lentidão no processo de reforma agrária e o congelamento de recursos destinados à agricultura familiar e à aquisição de alimentos. O MST também se posiciona contra projetos legislativos que considera prejudiciais à reforma agrária e ao meio ambiente.
Na carta, o movimento critica o projeto de lei que flexibiliza regras de licenciamento ambiental, já aprovado pelo Congresso e aguardando decisão presidencial. Também se opõe à proposta que tramita na Câmara dos Deputados permitindo ação policial sem ordem judicial em ocupações rurais e urbanas.
“Após mais de 3 anos de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada —e as famílias acampadas e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”, questiona o movimento em seu comunicado.
O MST tem solicitado a substituição do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a quem responsabiliza pela atual situação da reforma agrária no país. Também critica a manutenção de uma instrução normativa do governo Bolsonaro que facilita a mineração e grandes obras em áreas de assentamentos rurais.
A Polícia Federal realizou uma análise preliminar no pen drive encontrado no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro durante busca e apreensão na última sexta-feira (18) e considerou seu conteúdo irrelevante para as investigações.
Ainda não foi produzido um relatório apresentando os detalhes do conteúdo do aparelho, mas essa análise inicial feita pelos investigadores descartou a importância do item para a investigação.
Bolsonaro havia dito, em entrevista após a ação da PF, desconhecer o pen drive e chegou a insinuar que o item poderia ter sido plantado pelos agentes da Polícia Federal. O cumprimento das buscas, entretanto, foi filmado por câmeras corporais dos agentes.
Agora a PF deve analisar com mais profundidade o conteúdo do aparelho celular do ex-presidente, que também foi apreendido na ação.
Um dos focos vai ser analisar os diálogos dele com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para verificar se houve alguma orientação do ex-presidente em relação às ações nos Estados Unidos para pressionar o governo de Donald Trump a impor sanções ao Brasil por causa do julgamento da ação da tentativa de golpe.
Não há prazo, porém, para que essa análise seja concluída.
Na madrugada deste domingo (20), por volta das 3h, um grupo formado por cerca de dez homens armados e portando explosivos invadiu um supermercado na cidade de Barcelona, no interior do Rio Grande do Norte.
Segundo informações, os criminosos acessaram o estabelecimento tanto pela entrada principal quanto pelos fundos, utilizando explosivos para ter acesso ao interior do local. Durante a ação, o grupo furtou dinheiro, carnes e diversos outros produtos.
Após o roubo, os suspeitos ainda tentaram invadir uma residência próxima, pertencente a um dos proprietários do supermercado.
Na sequência, os criminosos seguiram pela cidade e arrombaram uma casa lotérica, de onde também levaram uma quantia em dinheiro ainda não divulgada oficialmente.
A Polícia Civil já deu início às investigações para apurar o total do prejuízo e identificar os autores dos crimes.
Um aneurisma foi a causa da morte da paciente, atendidada pelo dentista da UBS Cidade Campestre, em Macaíba, no dia 26 de maio. A informação consta do relatório final do inquérito assinado pelo delegado Tiago Praxedes, titular da 20ª Delegacia de Polícia de Macaíba, encaminhado ao Poder Judiciário, que afastou qualquer nexo de causalidade entre o atendimento feito pela equipe da unidade de saúde e o óbito da mulher de 34 anos.
Após laudo pericial emitido pelo ITEP-RN e depoimentos do esposo da paciente e profissionais, o delegado chegou à conclusão de que a mesma “faleceu em decorrência de hemorragia cerebral espontânea de origem aneurismática, sem nexo de causalidade com ato doloso ou culposo por parte da equipe de saúde da UBS de Cidade Campestre. Não há indícios de imperícia, imprudência ou negligência por parte dos profissionais envolvidos”.
O laudo necroscópico, elaborado pelo ITEP, concluiu que a causa da morte foi hemorragia subaracnoide maciça secundária à ruptura aneurismática na região do polígono de Willis. Foram observados hematomas em regiões compatíveis com manobras de reanimação. O exame toxicológico detectou presença de lidocaína, substância compatível com uso odontológico, sem indicar overdose ou relação causal com o óbito.
Houve a requisição de laudo complementar formulada pela autoridade policial visando esclarecer eventual nexo entre o tratamento dentário e o óbito. Em resposta, o laudo complementar concluiu que não há elementos que sustentem relação causal direta entre o procedimento odontológico e a hemorragia cerebral.
Em 26 de maio, por volta das 8h30, a paciente passou mal durante atendimento odontológico na UBS Cidade Campestre, em Bela Macaíba. Recebeu os primeiros socorros na unidade, inclusive massagem cardíaca, tendo sido levada para a UPA de Parnamirim, onde foi acompanhada pela equipe de Macaíba e veio a falecer por volta das 18h.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte confirmou na manhã desta segunda-feira (21) que afastou preventivamente os policiais envolvidos em uma ação que culminou na morte de dois suspeitos de tráfico de drogas em Mãe Luiza, Zona Leste de Natal, na última sexta-feira (18).
O número de militares afastados não foi confirmado pela corporação até a última atualização desta reportagem.
Familiares de um dos suspeitos contestaram a primeira versão da polícia, de que houve um confronto, e alegam que o jovem de 18 anos estava rendido e desarmado quando foi baleado.
Um vídeo que registrou parte da ação policial mostra um homem sentado na calçada, com as mãos levantadas. Em seguida, um policial aponta a arma contra ele e é possível ouvir um som como de tiro.
Em nota, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) informou que, “após tomar conhecimento das imagens no último sábado (19), instaurou um procedimento e afastou preventivamente os policiais envolvidos na ação”.
Ainda de acordo com a PM, além do Inquérito Policial Militar aberto na corporação, outro inquérito é conduzido pela Polícia Civil.
Segundo a PC, o caso é investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Versão da família
Um dos familiares de Adson Wyohanderson Rodrigues de Souza, de 18 anos, que concedeu entrevista com a condição de não ser identificado, relatou que o jovem estava na praia e voltava para casa no momento da ocorrência policial.
“Ele tinha avisado para a mãe dele que estava na praia e vinha subindo quando foi abordado por essa equipe do primeiro batalhão. Dizem que estavam numa operação. Logo em seguida, os populares lá relataram que ele já estava rendido, como tem a filmagem. Não encontraram nada com o garoto, não tem passagem pela polícia. Então, eu acho que o dever da polícia é servir e proteger, não pegar e matar”, afirmou o familiar.
“Tem um vídeo aí que foi claramente uma execução. Eu espero justiça. Isso vem acontecendo frequentemente dentro das comunidades”, afirmou o familiar.
Versão da polícia
Segundo a versão divulgada pela PM no dia da ação, houve um confronto quando policiais abordaram um grupo em uma escadaria do bairro.
A PM informou que dois suspeitos foram feridos e levados para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Eles não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade. Outros quatro suspeitos conseguiram fugir.
Ainda de acordo com a PM, com os suspeitos, os policiais apreenderam armas e munições, além de drogas, balanças e sacos plásticos que seriam usados para embalar os entorpecentes.
Segundo a PM, o local é um ponto conhecido de venda de drogas. A corporação informou que um dos mortos era foragido da Justiça e que costumava postar fotos em redes sociais segurando armas de fogo.
Vacina universal contra o câncer dá passo promissor em estudo com RNA mensageiro
Uma vacina experimental de mRNA desenvolvida por cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, conseguiu potencializar os efeitos da imunoterapia e eliminar tumores em testes com camundongos. A descoberta, publicada na quinta-feira (18) na revista Nature Biomedical Engineering, é considerada um passo importante rumo à criação de uma vacina universal contra o câncer.
O diferencial do estudo está no fato de que a vacina testada não foi desenvolvida para atingir um tumor específico, mas sim para estimular o sistema imunológico de forma ampla, como se o corpo estivesse respondendo a um vírus. Esse estímulo provocou uma reação robusta das células de defesa, que passaram a reconhecer e atacar as células tumorais.
“A grande surpresa é que uma vacina de mRNA, mesmo sem ter como alvo um câncer específico, conseguiu gerar uma resposta imune com efeitos anticâncer bastante significativos”, explicou o oncologista pediátrico Elias Sayour, líder do estudo e pesquisador da UF Health.
Testes eliminaram tumores em modelos resistentes
Nos experimentos, os pesquisadores combinaram a nova vacina de mRNA com medicamentos já usados na imunoterapia, os chamados inibidores de checkpoint imunológico, como o anti-PD-1. Esses fármacos “liberam o freio” das células T, parte essencial da defesa do organismo, para que elas consigam atacar o tumor.
A combinação foi testada em camundongos com melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, e apresentou resultados promissores, inclusive em tumores resistentes a tratamento. Em alguns modelos, os tumores desapareceram completamente. A equipe também obteve efeitos positivos em casos de câncer ósseo e cerebral.
A chave do sucesso, segundo os cientistas, foi forçar os tumores a expressarem a proteína PD-L1, que torna as células cancerígenas mais visíveis para o sistema imunológico. Essa “isca” aumentou a eficácia da imunoterapia.
Tecnologia similar à das vacinas da covid-19
A formulação da vacina experimental segue a mesma lógica das vacinas de mRNA contra a covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. Ela usa uma molécula de RNA mensageiro envolta em nanopartículas lipídicas (pequenas partículas de gordura) para levar instruções às células e gerar uma resposta imunológica.
No ano passado, o grupo de Sayour já havia testado com sucesso, em humanos, uma vacina personalizada de mRNA para tratar glioblastoma, um tipo de câncer cerebral raro e agressivo. Na ocasião, a vacina foi feita a partir das células tumorais de cada paciente. Agora, a inovação é ir além: usar uma vacina genérica, de uso mais amplo, que dispense a personalização.
“Este estudo propõe um terceiro paradigma no desenvolvimento de vacinas contra o câncer”, disse Duane Mitchell, coautor da pesquisa. “Em vez de adaptar a vacina a um tumor específico ou buscar alvos comuns entre pacientes, podemos usar uma resposta imune forte e inespecífica como arma principal.”
PRÓXIMOS PASSOS: A expectativa agora é levar a nova formulação a testes clínicos com humanos. “Se conseguirmos replicar esses efeitos em humanos, isso abre caminho para uma vacina universal que prepara o sistema imunológico para reconhecer e destruir o câncer”, afirmou Mitchell.
Os cientistas trabalham para aprimorar a formulação e viabilizar os testes em pacientes nos próximos anos. A pesquisa foi financiada por diversas agências americanas, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).
“Poderíamos despertar a resposta imune do próprio paciente contra seu tumor. Se isso for validado em humanos, terá implicações profundas no tratamento do câncer”, disse Mitchell.
Essa nova abordagem representa uma promessa especialmente relevante para pacientes com tumores agressivos ou que não respondem bem aos tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia.
Levantamento da Genial/Quaest divulgado na última quinta-feira (17) mostra que a maioria dos brasileiros não deseja ver nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disputando a eleição presidencial de 2026.
De acordo com a pesquisa, 58% dos entrevistados consideram que Lula não deveria concorrer à reeleição. Já 38% acreditam que ele deve ser candidato novamente, enquanto 4% não souberam ou preferiram não opinar.
Na comparação com o último levantamento, feito em maio, houve queda de oito pontos percentuais entre os que rejeitam uma nova candidatura do atual presidente. Em contrapartida, a parcela favorável ao retorno de Lula à disputa cresceu seis pontos.
Em relação a Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 62% acham que ele deve apoiar outro nome em vez de tentar voltar ao cargo. Apenas 28% defendem sua candidatura, e 10% não opinaram. Em relação à pesquisa anterior, houve uma leve redução de três pontos percentuais entre os que rejeitam sua participação e uma oscilação positiva de dois pontos entre os que apoiam.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.
A Polícia Militar do Rio Grande do Norte instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta de agentes envolvidos em uma operação que resultou na morte de Adson Wyohanderson Rodrigues de Souza, de 18 anos, no bairro Mãe Luiza, em Natal, na última quinta-feira (18). A medida foi tomada após a divulgação de um vídeo que levanta suspeitas sobre a legalidade da ação.
As imagens mostram um homem sentado na calçada com as mãos levantadas. Em seguida, um policial aponta a arma em sua direção, e é possível ouvir um som semelhante a um disparo. Familiares afirmam que o jovem estava rendido e desarmado no momento em que foi atingido. Veja:
No sábado (19), moradores e parentes realizaram um protesto cobrando justiça e transparência nas investigações. Um dos familiares, que preferiu não se identificar, disse que Adson voltava da praia quando foi abordado por uma equipe do 1º Batalhão da PM. “Populares relataram que ele já estava rendido, como mostra o vídeo. Não encontraram nada com ele. Não tinha passagem. O dever da polícia é proteger, não matar”, afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública, por meio do coronel Francisco Araújo, informou que se reuniu com o comando do batalhão e que as armas dos policiais foram recolhidas para perícia.
Versão da PM
A PM afirmou que a operação ocorreu em uma escadaria conhecida pelo tráfico de drogas. Segundo a corporação, houve confronto durante a abordagem e dois suspeitos foram feridos e levados ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, mas não resistiram. Outros quatro suspeitos teriam fugido. Armas, munições, drogas e balanças de precisão foram apreendidas.
A corporação reconheceu que teve acesso ao vídeo no sábado (19) e informou, em nota, que não compactua com desvios de conduta. A investigação vai apurar se houve execução extrajudicial por parte dos agentes envolvidos.
No final da tarde desta sexta-feira (18), uma tentativa de cumprimento de mandado judicial terminou com um homem baleado em Currais Novos. Duas guarnições da 1ª Companhia do 13º Batalhão da PM foram acionadas para conter um indivíduo que estaria em surto há vários dias.
De acordo com o Capitão Garcia, durante a abordagem, o homem reagiu de forma violenta, chegando a derrubar um dos policiais. Os PMs ainda tentaram conter o agressor utilizando uma arma de choque (taser), mas não obtiveram sucesso. As agressões continuaram, e os policiais, temendo pela integridade da equipe, efetuaram um disparo de arma de fogo.
Em entrevista exclusiva ao vivo no Repórter Seridó, programa policial da Sidy’s TV, o Capitão Garcia informou que o tiro atingiu a região pélvica do suspeito, que foi socorrido de imediato para a urgência do Hospital Regional Mariano Coelho. Segundo ele, o homem será transferido para Natal para atendimento especializado.
O caso será investigado e acompanhado pelas autoridades competentes.
O assass1nato da comerciária Cíntia Michele da Costa chamou a atenção da polícia nessa quinta feira, 17, na cidade de Caicó, isso porque trata-se de uma mulher, até então inofensiva aos olhos do crime organizado, contudo dois caminhos serão levados em consideração para a elucidação.
No local de crime, populares que conversavam entre si diziam que a vítima teria sido intimada por um homem, supostamente criminoso, determinando a restrição de circulação de estranhos em sua residência, na rua José Pereira dos Santos, bairro Boa Passagem, especialmente policiais.
Cintia teria se aproximado de um policial e tido uma convivência amorosa, e isso teria incomodado o líder do crime organizado no setor. Ainda envolvendo o policial, a vítima, por ciúmes, teria exposto nas redes sociais, casos dele envolvendo outras mulheres, o que também chamou muito a atenção.
Da segunda linha de investigação, o delegado municipal foi sucinto, evitou pontuar o que lhe motivara seguir por este caminho, contudo, o feminicídio é um crime de ódio baseado no gênero, ou seja: essa linha estaria em segundo plano, mas nada será descartado nesse crime perverso e cruel.
Cíntia perdeu o marido para a Covid, desde então enfrentou dificuldades, uma delas foi na saúde, e segundo populares em contato com o blog Jair Sampaio, ela chegou a ter problemas com o vício do álcool, embora tenha se superado recentemente e agora frequentava uma igreja evangélica.