Nas ruas, leões; nas eleições, burros

Será que agora vai? Teríamos,
finalmente, entendido que o povo unido jamais será vencido? Que ficar
reclamando em voz baixa nada adiante; que 
temos  mesmo que  ir para as ruas e, aos gritos, pedir o que é
direito do povo e dever do Estado?
 Será mesmo que tomamos vergonha na cara?
Que  concluímos que nossa subserviência
alimenta o poder daqueles que tanto mal nos causam. A gota d’água foram os 20
centavos de aumento na passagem de ônibus em São Paulo. Depois, veio a
enxurrada de gente que ganhou as ruas de algumas das principais cidades do
país.

No que tange aos excessos, tudo a
lamentar. No meio de uma maioria cidadã, há uma cambada de baderneiros que
merece ser tratada como bandida, porque é o que, de verdade, esses vândalos são.
É lamentável que gente metida a politicamente correta tenha confundido esses
marginais com pessoas ordeiras  e dignas
que apenas querem exercer seu direito constitucional de liberdade de expressão.
Apoiemos e participemos das
manifestações que estão sendo feitas. Mas isso não basta: agir como leão
valentão, urrando nas ruas contra os que nos fazem mal e pedindo dias melhores
e, nas eleições, continuar agindo como burros, não vale. É, eu disse burros!
Porque a maior parte dessa corja de incompetentes que aí está já é useira e
vezeira em agir assim, por isso não deveria enganar mais ninguém. E já está
entronizada a muitos carnavais. Ocupam o poder 
porque nosso voto de burros os colocam 
onde estão
Precisamos assumir: temos feito
escolhas muito erradas. Votado com irresponsabilidade, movidos pela nostalgia
da burrice que tem impregnado, há muito, nossas decisões
Daí a mais algumas semanas, a
fera que existe em nós, como de costume, ficará mansa novamente, enquanto que
os velhos chacais continuam afiando os dentes e preparando seus discursos
mentirosos para nos enganar, novamente, nas próximas eleições.
Ou somos cidadãos e cidadãs de
brio, com vergonha na cara; gente  que,
de fato, quer dias melhores para todos nós, ou assumimos logo que somos umas
bestas, verdadeiros burros de carga desses oportunistas ordinários de sempre.
A hora é esta, ou cada vez mais
poderá não haver mais hora. Vamos nos unir num forte determinado propósito
de  mandar para o olho da rua todos que
dependem do nosso voto para exercer suas funções. E aqueles que não puderem ser
atingidos por esse nosso poderoso petardo, vamos exigir que sejam expulsos das
funções que ocupam, no grito: fora incompetentes! Fora corruptos, que só querem
exercer cargos públicos para se locupletar de suas benesses. Enquanto seus
governados, que se danem.
Decididamente, chega! Chega de
engolir esses malfadados bichos asquerosos que 
tanto mal já fizeram ao povo de todos os recantos deste país.
Chega!  Mas, não podemos esquecer: esse
grito das ruas só valerá a pena, só terá resultado  pragmático, se  continuarmos valentes e inteligentes a ponto
de  acionarmos o  “confirma” das urnas eletrônicas,   a partir das próximas eleições, como quem
aperta o gatilho de uma arma capaz de eliminar sumariamente  todos esses portadores de toda a desdita que
se abate sobre o povo brasileiro.
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Postado em 29 de junho de 2013