Médico reivindica tratamento à base de injeção de sangue no clitóris para melhorar orgasmos
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Kim Kardashian utilizando o “lifting facial de vampiro” com o Dr. Charles Runels. Foto: Reprodução / Instagram |
Trata-se de uma injeção, que custa pouco mais de 1.200 dólares (R$ 3.941), em que uma pequena quantidade de sangue é removida da paciente e, em seguida, utilizando uma centrífuga, separam-se as plaquetas ricas em plasma (PRP).
O procedimento completo dura cerca de 20 minutos e a ideia é que o processo estimule o crescimento celular. Por exemplo, quando você se corta, as células-tronco são atraídas para a região lesionada e são ativadas para crescerem novos tecidos, estimulando também novo colágeno, tecido adiposo e vasos sanguíneos.
A ideia da injeção ganhou atenção da mídia ainda em 2013, quando o ex-jogador da NBA, Kobe Bryant, utilizou o método para reparar lesões em diferentes partes de seu corpo. Ainda, a socialite Kim Kardashian, postou uma foto em sua conta no Instagram, mostrando o rosto coberto de sangue após fazer um “lifting facial de vampiro” – ambos realizados pelo Dr. Runels.
Ele disse que seu trabalho é essencialmente destinado a capacitar as mulheres. Uma de suas pacientes, Kathleen Hale, contou em uma entrevista ao The Guardian que havia sido estuprada aos 13 anos de idade e que o mesmo ocorreu repetidas vezes durante um casamento de 10 anos.
Refletindo a respeito do caso de Hale, Dr. Runels disse: “Essa é minha vingança [contra estupradores], dizer um *basta* [palavrão usado na declaração] e devolver às mulheres suas “flores” de volta”. Ele afirmou ainda que 85% das pacientes se mostraram felizes com os resultados. No entanto, profissionais médicos ainda desaprovam o procedimento, pela falta de testes e aprovação da FDA (Food and Drug Administration).
Runels financiou um estudo de 95 mil dólares na Universidade George Washington, nos EUA, para testar o procedimento em nove mulheres.
A pesquisa, publicada no Journal of Lower Genital Tract Disease, descobriu que a injeção reduziu as inflamações. No entanto, médicos obstetras e ginecologistas têm rejeitado os resultados, uma vez que envolveu apenas nove mulheres e as conclusões foram baseadas em depoimentos.