Mentor de estupro coletivo e homicídios em Queimadas é condenado a 106 anos de prisão

Após um longo julgamento que começou na tarde desta quinta-feira (25), Eduardo dos Santos Pereira recebeu pena de 106 anos e 4 meses de reclusão pelos crimes de estupro, cárcere privado, lesão corporal, formação de quadrilha, posse ilegal de arma e duplo homicídio triplamente qualificado, no caso que ficou conhecido como Estupro Coletivo de Queimadas. 

O réu ainda foi condenado a 1 ano e 8 meses de detenção que só serão cumpridos após a reclusão.
Entretanto, como a lei brasileira estabelece pena máxima, Eduardo ficará 30 anos preso.
O advogado de defesa, Harley Cordeiro, afirmou que vai entrar com recurso na segunda-feira (29). Ele defende que as provas da perícia deveriam inocentar o réu. 

O promotor destacou que a pena é compatível com o crime “Ele foi condenaedo em todos os crimes listados pelo inquérito policial”, disse.
Caso Queimadas:
O caso ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, resultou nas mortes de duas vítimas, a professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, de 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingues da Silva, de 29 anos, que foram assassinadas por terem reconhecido os agressores. O caso ganhou repercussão nacional. 

O caso do estupro coletivo (0000322-76.2012.815.0981), foi desaforado da comarca de Queimadas, após solicitação do Ministério Público e da defesa do acusado, acatado em decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, que entendeu, por unanimidade, que essa determinação permitirá uma decisão imparcial por parte do Júri.
Na época, o juiz da 1ª Vara mista da comarca de Queimadas, Antônio Gonçalves Ribeiro, declarou que o desaforamento foi uma decisão justa, por se tratar de um caso muito “clamoroso”, que tinha animosidade da população, com vítimas que eram da cidade. 
Fonte: Paraiba.com
Postado em 26 de setembro de 2014