PPS e PMN fundem-se em congresso-relâmpago

Para fugir à restrição que PT,
PMDB e DEM pretendem impor aos novos partidos, tirando-lhes o tempo de rádio e
TV e o direito ao fundo partidário, PPS e PMN se fundirão nesta quarta-feira
(17) em um congresso conjunto e relâmpago. A ideia é começar a reunião por
volta das 10 horas e terminar ao meio-dia. Em seguida, a ata de fusão dos
partidos será registrada num cartório. O novo partido se chamará Mobilização
Democrática (MD) e terá o número 33, que era do PMN.
Os dirigentes da nova legenda
temiam que a Câmara aprovasse nesta terça-feira a urgência e votasse as regras
que criarão dificuldades para os novos partidos, entre eles o Rede, da
ex-ministra Marina Silva. E estava tudo fosse mesmo votado. Mas o plenário da
casa foi invadido por centenas de índios por volta das 18 horas. Com medo, boa
parte dos deputados escapou por saídas alternativas, impossibilitando qualquer
tentativa de fazer a sessão.
“O rolo compressor que o
governo do PT quer passar no Congresso Nacional para aprovar o projeto que
dificulta a fusão e a criação de novos partidos é de um casuísmo sem tamanho.
Um verdadeiro golpe contra a democracia”, disse o líder do PPS, deputado
federal Rubens Bueno (PR), ao sair da reunião dos líderes partidários. Bueno
disse que o governo precisa explicar por que mudou de posição. “Quando da
criação do PSD, que levou tempo de TV e fundo partidário dos deputados que
tirou dos outros partidos, o governo deu todo o apoio. O próprio Lula trabalhou
a favor. Agora, que temos a Marina Silva construindo seu partido, o PPS se
unindo ao PMN, reforçando a oposição, querem barrar. Isso é antidemocrático, é
puro golpe”, afirmou Bueno.
Via O paralelo
Postado em 17 de abril de 2013