Polícia localiza suspeita de ser mãe de bebê achado morto em lixão no município de Macau

A Polícia Civil vai ouvir o depoimento de uma mulher suspeita de ser mãe do bebê encontrado na manhã desta sexta-feira (21) dentro de uma caixa de papelão jogada em um lixão na zona rural do município de Macau, na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte. 


A jovem, de 18 anos, confessou ter feito um aborto recentemente, mas nega ser mãe da criança achada morta nesta sexta. 


O bebê foi encontrado por catadores que trabalhavam no lixão. O delegado Delmontiê Falcão, titular da Delegacia Regional de Macau, explicou que a suspeita disse ter feito um aborto recente, mas jogou o feto no vaso sanitário. “Nega totalmente. E afirmou que o aborto não foi proposital. 


Disse que estava tomando um medicamento para cólica. O bebê, segundo ela, tinha entre cinco e seis meses. O encontrado no lixão já estava formado. Era grande”, detalha Falcão. O titular da Delegacia de Macau pretende solicitar um exame de DNA ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). 


Segundo o G1, de acordo com o delegado, a mulher está com medo da população. Algumas pessoas chegaram a se aglomerar na frente da delegacia na tarde desta sexta. “Vamos mantê-la aqui por segurança. Pode ser que alguém queira fazer alguma besteira na rua”, afirma. 


Falcão trata o caso inicialmente como aborto, no entanto não descarta a possibilidade de homicídio ou infanticídio – quando a mãe mata o filho durante ou após o parto, sem ter consciência do crime que está praticando. 


“Tudo vai depender dos resultados das perícias”, conclui o delegado. De acordo com Delmontiê Falcão, os catadores avisaram sobre a descoberta do corpo por volta das 7h30. 

“O pessoal que trabalha no local encontrou ele. É um menino, e estava de fralda. O corpo não estava rígido ainda, mas apresentava algumas lesões, provavelmente causadas por bicadas de urubus”, disse. Ainda de acordo com o delegado, ainda não é possível precisar se criança foi levada até o lixão ou se foi despejada por algum dos caminhões que descarregam lixo no local, que fica a 9 quilômetros da sede do município. 


“Vamos aguardar o Itep (Instituto Técnico-Científico de Polícia) para poder dizer qual foi a causa da morte do bebê”, acrescentou Delmontiê.

Via Jair Sampaio

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Postado em 21 de novembro de 2014