Meninos forjam sequestro e deixam bilhete pedindo R$ 10 mil de resgate

Quatro meninos, com idades entre 10 e 13 anos, forjaram um sequestro e pediram resgate de R$ 10 mil aos pais, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, dois dos meninos são irmãos. Ouvidos na Polícia Civil, eles confessaram terem planejado o falso sequestro. Os irmãos disseram, ainda, que decidiram fugir de casa porque sofriam maus-tratos.

Segundo o tenente da Polícia Militar, Gabriel Foletto, todos saíram de casa no início da tarde de sexta-feira (22), como se fossem para a aula, mas nem mesmo chegaram a entrar nas escolas onde estudam. 


Nas redes sociais, começaram a circular informações de que eles poderiam ter sido sequestrados. Um dos irmãos, de 10 anos de idade, chegou a forjar um bilhete de resgate, onde pedia R$ 10 mil.

“Eles confirmaram que planejaram tudo, que tiveram a ideia de inventar o falso sequestro. Eles disseram que sofriam maus-tratos em casa e, por isso, teriam fugido. Eles moram em cantos diferentes da cidade. Se encontraram e saíram andando. 


Eles passaram a noite em uma casa abandonada e comeram só frutas, segundo eles”, disse o tenente.

Pelo menos 25 policiais militares e civis foram mobilizados no município para participarem das buscas pelos meninos desaparecidos. Na manhã deste sábado (23), uma pessoa não identificada ligou para a polícia e denunciou ter visto dois dos meninos próximos ao cemitério municipal. Quando foram encontrados, eles ainda estavam com as mochilas e as roupas com as quais foram vistos pela última vez.

Os quatro meninos foram ouvidos na delegacia e liberados na companhia dos respectivos pais. 


Segundo a Polícia Civil, os pais só podem ser responsabilizados de alguma forma pelo o que aconteceu se for comprovada a denúncia feita pelos irmãos de que são agredidos constantemente pelos pais.

O Conselho Tutelar de Tangará da Serra, que acompanha o caso, disse que os meninos não apresentam sinais de machuvados pelo corpo, mas que ainda devem passar por exame de corpo de delito. 

G1

Postado em 24 de setembro de 2017