Faltando um voto para o impeachment de Moraes, pressão recai sobre Romário; protesto invoca senador do PL-RJ

Com 26 assinaturas já confirmadas no Senado, falta apenas um voto para que o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja formalmente protocolado para análise. O nome mais cobrado no momento é o do senador Romário (PL-RJ), que ainda não assinou o requerimento.
A mobilização em torno do impeachment ganhou força nos últimos dias, especialmente após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada por Moraes. O episódio reacendeu críticas à atuação do ministro e gerou uma onda de manifestações em diversas partes do país.
Na noite dessa terça-feira (5), manifestantes se reuniram nas ruas do Rio portando faixas e cartazes com frases como “Romário, o Brasil conta com você” e “Assina, Romário!”. Nas redes sociais, a hashtag #AssinaRomário também entrou nos assuntos mais comentados.
A pressão sobre o senador fluminense é ainda maior pelo fato de ele integrar o mesmo partido de Bolsonaro, o PL, que tem sido a principal força política a impulsionar o pedido de afastamento do ministro do STF. Apesar disso, Romário tem adotado postura discreta e ainda não se posicionou publicamente sobre o assunto.
Nos bastidores, parlamentares ligados à oposição dizem estar confiantes de que o senador irá aderir à iniciativa. Já aliados mais próximos do ex-jogador alegam que ele está avaliando o cenário político e jurídico com cautela antes de tomar qualquer decisão.
Caso Romário assine, o requerimento atinge o mínimo necessário de 27 assinaturas, número suficiente para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seja oficialmente cobrado a dar andamento ao processo — algo que, no entanto, depende exclusivamente de sua vontade política.
A possível admissibilidade de um impeachment de ministro do STF abriria uma crise institucional sem precedentes desde a redemocratização, colocando o Senado e o Supremo em rota de colisão.
*Via Jair Sampaio