Covid não acabou e vacinação continua fundamental, diz ministra da saúde

A emergência de saúde pública de importância internacional por Covid-19 foi encerrada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas isso não significa o fim da circulação do vírus, ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Em evento nesta sexta-feira (5) em Porto Alegre, Trindade lembrou da baixa cobertura vacinal no país e reforçou necessidade de mobilização.

— É uma grande vitória para a sociedade possível, após tanta dor e perdas, graças a recursos da ciência — celebrou a ministra, e lembrou: — No entanto, o fim da declaração de emergência não significa o fim da circulação da Covid-19. Por isso, a vacinação segue como ação fundamental. Precisamos da mobilização de todos para ampliar a cobertura vacinal e combater a desinformação que questiona a segurança e a eficácia dos imunizantes.

— Jamais nos esqueceremos das vidas perdidas. Essa memória tem que nos alimentar na reparação da dor, porque precisamos fazer isso, mas, ao mesmo tempo, da união pelo futuro, para que novas tragédias como essa não se repitam — disse Trindade.

Mais cedo no Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lembrou a população da campanha nacional de vacinação com foco em Covid-19, lançada no final de fevereiro.

“Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas”, escreveu o presidente.

A recomendação, segundo o Programa Nacional de Imunizações, é de imunização a partir dos 6 meses, sendo utilizada as vacinas pediátricas da Pfizer ou CoronaVac até os 12 anos e vacinas adultas monovalentes Coronavac, Astrazeneca, Janssen ou Pfizer até os 18. Maiores de idade podem receber o reforço com a unidade bivalente da Pfizer, que oferece proteção para o vírus e subvariantes.

A bivalente é indicada para os que já receberam ao menos duas doses da vacina monovalente, podendo ser Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer como esquema primário ou como dose de reforço. Também é importante ter um intervalo de quatro meses de aplicação da última dose.

Fim da emergência global
A decisão da OMS acontece após uma série de encontros períodicos para analisar o cenário global do vírus. Foram 15 encontros até a declaração.

— Ontem, o Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e me recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de interesse internacional. Eu aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim do Covid-19 como uma emergência de saúde global — disse o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo os Regulamentos Sanitários Internacionais, o status de emergência de saúde pública de importância internacional representa “um evento extraordinário determinado a constituir um risco de saúde pública para outros Estados (países) através da disseminação internacional de doenças e que potencialmente requerem uma resposta internacional coordenada”.

*Folha Pe

Postado em 6 de maio de 2023