“Consolo”: Aumento nas bandeiras tarifárias para energia será menor que 50%, diz ministro

O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) disse nesta quinta-feira (5) que acredita em um reajuste inferior a 50% para as bandeiras tarifárias.
O sistema, vigente desde janeiro, faz com que o consumidor pague mensalmente acréscimos em sua conta de luz caso o uso das usinas térmicas esteja sendo feito em larga escala no país, já que elas custam mais caro. 

Os preços adicionais estabelecidos são de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, para a bandeira vermelha, e de R$ 1,50 a cada 100 kWh, para a bandeira amarela.
Por decisão do governo e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o sistema agora será modificado, para que também considere gastos extras da energia vinda de Itaipu, dos contratos adicionais de energia para as distribuidoras e o risco hidrológico (diferença entre quantidade de energia prevista e a de fato entregue pelas usinas). 

Com todos os novos custos, o preço fixado para as bandeiras deve subir até março, segundo previsões da agência reguladora.
“O reajuste da bandeira, acredito, será menor que 50%, mas isso é papel da Aneel, não quero fazer especulação sobre números”, disse Braga. 


Ainda que traga aumentos imediatos para o consumidor, o ministro defende a mudança e diz que, por meio dela, será possível ter “uma dinâmica melhor na questão tarifária”.
Braga considera que o modelo trará “transparência absoluta” sobre a situação energética do país e que, apesar de elevar a conta de luz durante determinados meses, a bandeira também poderá ser verde (sem acréscimos para o consumidor) caso o clima apresente melhora. 

“Nós estamos fazendo uma reestruturação do setor elétrico desde que chegamos aqui. Essa reestruturação passa por uma revisão tarifária”, complementou o ministro.
PETROBRAS
Questionado sobre as mudanças na Petrobras, Braga disse apenas que a presidente Dilma Rousseff ainda precisa tomar uma decisão sobre os novos nomes para comando da estatal. “Conforme já esperado, creio que até amanhã teremos as informações”, concluiu. 
Folha Press

Postado em 5 de fevereiro de 2015