Cesta básica inflacionada: Alimentos básicos como farinha de mandioca e feijão estão mais caros

Na casa do aposentado Luiz Carlos da
Fonseca, 58, só ele vai ao supermercado. A cada mês, diz, compra a mesma
lista de produtos. Mas os gastos aumentam, e a culpa, na sua percepção,
é dos preços dos alimentos.
“Há um ano, fazia a compra do mês com R$ 450. A despesa foi subindo cada vez mais, e, no mês passado, cheguei a gastar R$ 700.”
O ex-garagista, pai de quatro filhos e
morador do subúrbio carioca de Del Castilho, controla todo o orçamento
da família. “Minha mulher é muito gastona”, justifica.
Fonseca sentiu no bolso a alta
persistente dos alimentos desde o fim do ano passado, intensificada
neste primeiro trimestre –quando a alimentação no domicílio subiu 5,58%,
quase o triplo da inflação média pelo IPCA no período (1,94%).
Folha fez um levantamento com
os 146 produtos alimentícios pesquisados pelo IBGE em 11 capitais e
regiões metropolitanas do país e constatou que 117 deles, ou 80%,
ficaram mais caros no trimestre passado.
E os reajustes não foram nada modestos: 5
produtos tiveram alta maior do que 50%, 13 tiveram reajuste maior que
20% e 33 superaram 10%. Só 29 ficaram mais baratos.
Folha de São Paulo
Postado em 13 de abril de 2013