Agente penitenciário é preso por facilitar entrada de celulares em presídio de Natal
Além do agente penitenciário, foi preso na mesma ação outro suspeito, que é condenado por envolvimento no assassinato de um advogado no banheiro de um bar na Zona Oeste de Natal.
A operação “Smartphone”, como foi chamada a ação policial desta segunda-feira, investiga há 10 meses a introdução de aparelhos de telefone celular e outros objetos no Complexo Penal João Chaves. A investigação foi comandada pelo Núcleo Especial de Investigação Criminal da Polícia Civil (NEIC), da Polícia Civil, que teve os apoios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPRN.
Pelo o que foi apurado pelos investigadores, o agente penitenciário facilitava a entrada dos objetos mediante pagamento em dinheiro por parte das internas da unidade prisional. Esses celulares, que eram entregues pelo detento também investigado, eram renegociados pelas presas dentro da unidade ou alugado para outras reclusas. De posse dos aparelhos, as presas se comunicavam com outras pessoas, permitindo assim a continuidade na prática de crimes diversos fora do presídio.
A investigação levantou que algumas das presas pertencem a facções criminosas. O suspeito preso hoje vai ficar detido, aguardando decisão judicial. O interno que cumpria pena no regime semiaberto irá regredir para o regime fechado.
Na operação, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de condução coercitiva na grande Natal e interior. A operação foi conduzida pelo Núcleo Especial de Investigação Criminal (NEIC) e teve suporte da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed). Atualmente, segundo a Polícia Civil, a investigação está em estágio avançado, com agentes penitenciários envolvidos no esquema criminoso já indiciados.
Ele é pedreiro e, segundo as investigações da Polícia Civil, dirigiu o carro usado para o assassino do advogado fugir da cena do crime. Ele é condenado a oito anos de prisão pelo envolvimento com o homicídio.