30 de abril: um dia triste para o RN

Este 30 de abril de 2015 será um marco triste na história do jornalismo e das comunicações no Rio Grande do Norte.
Mais do que o encerramento das atividades de um veículo de comunicação, o fechamento de O Jornal de Hoje, edição impressa, é o silenciamento de uma voz em favor da formação de uma sociedade cada vez mais plural e democrática, com cidadãos capazes de entender tudo ao seu redor e decidir sobre seu próprio destino. 

O Jornal de Hoje, do qual fui assinante desde o início e seu fornecedor a cada festa de aniversário, era uma voz a serviço de formação de uma massa crítica, fundamental numa sociedade que não pode se deixar levar pelo processo de manipulação que muitos indivíduos ou grupos tentam estabelecer em proveito próprio.
O fim de um jornal, que será substituído apenas em parte pela versão eletrônica, é um marco preocupante. 

Porque significa menos informação, menos opinião, menos análise. Um jornal como o JH, que tinha um corpo redacional de larga experiência e um time de colunistas do nível de Vicente Serejo, Rubens Lemos Filho, Alex Medeiros, Walter Gomes, Tulio Lemos, Danilo Sá e Daniela Freire, vai deixar uma imensa lacuna.
Sabemos que vivemos no mundo inteiro o processo de transição do jornalismo impresso para o digital, graças ao avanço impressionante e permanente das novas tecnologias. 

Se esse processo de transição é irreversível só saberemos dentro de alguns anos. Mas é triste e necessário registrar que a morte de um jornal de hoje em nada contribui para o avanço de uma sociedade moderna.
Fica meu abraço e respeito a Marco Aurélio e Marcelo Sá. 

Blog do BG

Postado em 1 de maio de 2015